Wednesday, May 27, 2009

Quanto dinheiro você deveria poupar?

Essa é uma pergunta excelente, e como comentei num post anterior, a maioria dos especialistas indica 20%.

Para ser um pouco mais específica, apresento a seguir a fórmula do equilíbrio financeiro de Elizabeth Warren, que recomenda destinar 20% da renda líquida de impostos para poupança (“Savings”), manter as necessidades (“Needs”) abaixo de 50% e utilizar o que sobra para os desejos (Wants):




Em outras palavras, a meta é economizer 20% da renda líquida. Algumas pessoas podem ser mais arrojadas. Lembro-me do avô de um conhecido, descendente de imigrantes italianos, que costumava dizer que para progredir uma pessoa precisava viver com apenas 50% do que ganha.

A questão é: faça o que dá certo para você!

Eu estou no momento economizando 6% da minha renda bruta para aposentadoria através de contribuições para o fundo de pensão patrocinado pela empresa e 14% da renda bruta em uma aplicação programada em fundo DI. A idéia também é investir todos os extras e sobras em aplicações com um pouco mais de risco e, consequentemente de retorno. Para você, este número talvez seja diferente, talvez para atingir as suas metas você precise economizar apenas 5% do que ganha.

A verdade é que o sacrifício do consumo presente tem que estar relacionado com um benefício futuro que se quer atingir. Por exemplo, poupar hoje para uma aposentadoria precoce, ou para comprar uma casa, ou para trocar de carro, ou ainda fazer aquela viagem tão sonhada para um local exótico e distante.

Encurtando a conversa, quanto dinheiro você precisa poupar depende do que você pretente fazer no futuro. Costumo repetir para os colegas de trabalho que na carreira precisamos seguir a nossa estrela, ou seja, precisamos ter uma meta para perseguir pois nenhum vento ajuda quem não sabe para onde vai. Em finanças pessoais, me parece que é a mesma coisa.
Aplicando a fórmula do equilíbrio financeiro nos meus registros de 2008 cheguei ao seguinte resultado:
  • Needs – 20%
  • Wants – 71%
  • Savings – 9%

Com certeza posso fazer melhor que isso.

Tuesday, May 26, 2009

Dicas do Pai Rico, Pai Pobre

“Assuma a responsabilidade por suas finanças ou receba ordens por toda a vida. Você pode ser o senhor do dinheiro ou seu escravo”, Robert T. Kiyosaki, autor de Pai Rico, Pai Pobre (Editora Campus). Eis algumas boas sugestões dele:

· trabalhe para aprender. Não trabalhe apenas pelo dinheiro.
· Pague a si mesmo primeiro. Robert é radical nesse sentido: todo mês ele destina dinheiro para seus investimentos antes de saldar suas contas. “É o que faz a diferença para enriquecer”,diz.
· Aprenda a dominar o dinheiro, e isso se faz com autocontrole, autodisciplina e auto-estima. Em outras palavras: não gaste mais do que pode e jamais toque em poupanças ou investimentos.
· Esqueça as prestações. Quando quiser comprar algo, pense primeiro em aumentar os ganhos, ao mesmo tempo em que corta os gastos.
· Faça o dinheiro trabalhar para você. Não adianta ficar até tarde no escritório se você não tirar ao menos dez minutos do dia para organizar suas finanças e pensar em enriquecer, ou seja, em investir, poupar e eliminar despesas.
· O nosso ativo mais poderoso é a mente. Desenvolva sua inteligência financeira, aprimorando a capacidade de entender números, aprendendo a investir e conhecendo melhor o mercado em que você está entrando.

Friday, May 22, 2009

Orçamento para leigos: Solução dos 60%

Richard Jenkins do MSN Money desenvolveu o que ele chama de método simples para poupar. Um método fácil de determinar quanto alocar a cada classe de despesas a cada mês. Você pode ler o artigo na íntegra no site da MSN Money.

Um orçamento serve para prevenir excesso de gastos que levará certamente ao acúmulo de dívidas. Na verdade, não importa muito no que você gasta, mas sim o quanto você gasta. Ninguém está interessado em saber o culpado do excesso de gastos, mas sim em prevenir esse excesso.

Jenkin propõe que o seu orçamento divida a renda bruta da seguinte forma:

Jenkins acredita que a melhor forma de aliviar a pressão financeira é reduzir as despesas fixas: cortando a TV a cabo, gastando menos em vestuário, ou reduzindo o custo de vida.

Para a maioria das pessoas, parte da dificuldade em reduzir as despesas fixas vem da necessidade de efetuar pagamentos altos de cartão de crédito, seja por ter acumulado uma dívida significativa ou pelo consumo desenfreado. Nesse caso, você pode converter os 20% destinados a Aposentadoria e Investimentos para liquidar essa dívida o mais rapidamente possível e deixar o cartão em casa para evitar novos gastos.

Esse conselho me pareceu ótimo. Fiz até uma avaliação dos meus gastos do ano de 2008 em termos percentuais para comparar a solução dos 60%. Veja o resultado:

  • Despesas Fixas - 56%
  • Aposentadoria - 2%
  • Despesas Irregulares - 29%
  • Investimentos - 8%
  • Diversão - 5%

10 dicas para sair do vermelho:

No site do Gustavo Gerbasi, encontrei as seguintes dicas para sair do vermelho:

1) Jamais use o cheque especial ou o pagamento parcial do cartão de crédito. Peça empréstimos no banco, que saem mais baratos;

2) Passe a controlar os saldos de seu cartão de crédito com mais frequência, pelo menos a cada 10 dias, para que deixe de gastar além do esperado;

3) Tenha uma idéia do tamanho de seu problema: a primeira coisa a fazer é anotar TODOS os gastos do mês, inclusive os gastos pequenos, para descobrir de onde cortar;

4) Elabore um plano radical de enxugamento de gastos na maior intensidade possível, para que a dívida seja amortizada de uma vez. Não adianta ir pagando aos pouquinhos, pois os juros voltam a aumentar rapidamente a conta que você já pagou;

5) Quanto mais intenso for o corte de gastos e menor o tempo necessário para isso, menores serão os desgastes no relacionamento familiar;

6) Acabe de vez com a tentação das compras a prazo;

7) Use todos os tipos de poupança que você tem. Não adianta estar com investimentos e perder mais com os juros da dívida. O mesmo vale para bens como terrenos e imóveis à espera de valorização;

8) Fuja de atividades de lazer que custam. Aprenda a valorizar as coisas preciosas da vida que não custam nada, como um passeio ao ar livre ou uma reunião com amigos ou com a família;

9) Enquanto não conseguir quitar toda a dívida, substitua-a por outras mais baratas, como antecipação de restituição de Imposto de Renda ou venda do automóvel e compra de outro parcelado. Use todo o dinheiro da venda para reduzir a dívida.

10) Divida seu plano de ajuste com a família. É importante que todos estejam engajados, para que haja maior co-motivação.

Wednesday, May 20, 2009

4 maneiras eficientes de juntar um dinheirinho

1. Guarde o troco. No fim do dia, peque todas as moedas que encontrar na bolsa e ponha num vidro de maionese. Poupe também as notas de 1 real.
2. Guarde os extras. Avise a família e os amigos que abriu uma poupança para trocar de carro (ou embarcar na viagem dos seus sonhos, comprar um celular...) e que está preferindo presentes em dinheiro. Outro extra para sua poupança: aquele dinheiro que você emprestou e recebeu de volta.
3. Faça uma limpeza em casa e organize um bazar com o que não usa mais. Asse um bolo, passe café fresco, convide as amigas e venda tudo bem baratinho.
4. Economize no almoço. Tudo bem, trazer comida de casa todo dia é meio chato, mas que tal apenas duas ou três vezes por semana? Ou então ir almoçar em casa se tiveres tempo.

Monday, May 18, 2009

Aprendendo a viver modestamente

Frugalidade é um desafio e às vezes pode parecer uma privação. Mas também é uma atitude positiva. Com a economia do jeito que está, temos que aprender a aproveitar as coisas simples da vida para manter o nosso senso de equilíbrio e dormirmos trânquilos a noite.


A ascensão do materialismo


Antes do advento dos planos de previdência privado, da aposentadoria pelo INSS e da rede de assistência social pública, a maioria das pessoas tinha que poupcar sem incentivo nenhum vivendo modestamente.

Consumo frívolo e sem controle era virtualmente inexistente porque os riscos eram muito altos. No Brasil, para piorar a situação, convivemos com uma economia de alta inflação onde a maioria da população tinha poder aquisitivo muito baixo. A maioria das casa de classe média tinha 1 televisão na sala comum, um carro para a toda a família, os filhos dividiam quartos. E no final das contas, todos eram felizes.


Em algum momento, provavelmente depois do controle da inflação e da abertura da economia na primeira metade da década de 90, tudo mudou.. Quantas pares de sapatos você tem? Quantas camisetas, calças, perfumes, gravatas, bolsas, cosméticos? E CDs e DVDs? Quantas televisões?

Quanto de nossa energia é dedicada a consumir? A adquirir "Coisas" que vão acabar sendo encostadas em algum canto da casa.


Aprendendo a viver modestamente


Não adianta ficar remoendo sobre o passado.. Como diz o ditado "para que chorar o leite derramado". É também um desperdício de energia. Mas ao pensar sobre o que estou consumindo me é claro que existe muito espaço para cortes. Então estou adotando algumas medidas. Sempre que quero comprar uma coisa estou avaliando qual o uso alternativo poderia dar para aquele dinheiro. Focando em grandes aquisições, por exemplo, o próximo carro ou a próxima viagem. Também comecei a controlar detalhadamente tudo que gastamos.


Minha próxima atitude, será umas férias de consumo. Vou tentar passar um mês sem comprar nada que não seja necessário. Ou seja, nem um livro a mais. Aviso a vocês do progresso.


O poder da poupança


Lembrando que um mês sem adquirir nada é um experimento. O quanto você poderia poupar se decidisse viver modestamente? Você seria mais feliz?


Se você economizar R$200 por mês vivendo modestamente e investir na caderneta de poupança, em 20 anos terá aproximadamente R$91 mil. Se economizar R$300 por mês, terá R$136 mil no fim do mesmo período. Com R$500 serão R$227 mil em 20 anos. Isso considerando apenas a opção da caderneta de poupança e desconsiderando a indexação.

Viver modestamente normalmente envolve combater as tentações do consumo: propagandas, amigos e suas novas aquisições, as vitrines do shopping. Na maioria das vezes basta gastar um pouco mais de tempo identificando o que você precisa de fato e o que você realmente, mas realmente mesmo deseja. Significa aceitar que já temos "Coisas" suficientes em nossa vida.

Saturday, May 16, 2009

Papo motivacional: Pague a si mesmo primeiro

Todos os livros de finanças citam. Todos os blogs de finanças pessoais dizem também. Até o seu pai tem o mesmo conselho:

- Economize 20% do que você ganha.



Admita, é difícil. Esse dinheiro sempre poderia ser usado de outra forma. Você poderia pagar a conta do cartão de crédito, comprar um novo DVD ou qualquer outro destino que você possa imaginar. Você provavelmente já tentou economizar 10%, ou 20%, ou 30% do que ganha uma ou duas vezes no passado. Eu , com certeza, tentei.



Mas chega no fim do mês não sobram os tais 10%. E na maioria das vezes, nem sei dizer exatamente onde é que o dinheiro que deveria ser poupado foi parar.



Você gostaria de poupar 10% do que ganha, mas não sabe como começar? Entendo, estou no mesmo caminho. Eu e meu marido começamos recentemente um processo de reeducação financeira. A alternativa que encontramos foi efetuar uma aplicação programada para o mesmo dia do depósito do contracheque que automaticamente tira o dinheiro da conta corrente para uma aplicação em renda fixa. No Banco Itaú, essa transação é sem custo.



Também aderi o plano de previdência privada que desconta automaticamente um percentual específico do meu contracheque e transfere para o fundo de pensão patrocinado pela Empresa que trabalho que contribui com uma parcela equivalente a contribuição mínima.



Até o mês passado, nosso plano estava funcionando muito bem. Esse mês, nos descuidamos dos gastos com restaurantes e benfeitorias aqui para casa e tivemos que cancelar a aplicação programada. Já fizemos o mea culpa e estamos comprometidos em retomar no próximo mês.



E você, consegue economizar com regularidade?

Procrastinação é o inimigo da vida

Qual a diferença entre amar algo, e amar a idéia por trás desse objeto.



É fácil ler sobre finanças pessoais (ou qualquer outra área de auto-desenvolviment) e dizer para si mesmo: "Sim, isso parece ótimo. Eu deveria mesmo dirigir mesmo. Eu deveria parar de tomar café todo dia, ou parar de fumar, ou começar a investir". É fácil dizer esse tipo de coisa - e sabe o que mais, é de fato fácil fazer acontecer também.



Mas poucas pessoas de fato seguem adiante com as mudanças. Mais ou menos na linha do "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço. E algumas vezes, essas pessoas tentam interferir no desenvolvimento daqueles que foram ousados para realmente fazer uma mudança em suas vidas.



Com certeza você já deve ter visto uma daquelas planilhas que indicam se você começar a poupar um certo valor por mês, acumulará R$1 milhão num número x de anos. O ponto crucial é começar a poupar agora!



O melhor momento para começar qualquer curso de ação positivo é agora mesmo. Isso não é um discurso New Age. Comece a poupar agora! Comece a se exercitar agora. Comece a escrever um livro agora. Comece a passar mais tempo com a sua família agora!



Procrastinação é o inimigo da vida.

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10 passos para viver com mais felicidade

Dinheiro não compra amor. Também não compra felicidade.

Hedonistic Adjustment e Seattle Simplicity publicaram um estudo interessante de uma consultoria em estratégia de investimentos que admite que o dinheiro não é a resposta para encontrar felicidade.

Se você está atrás de conselhos para investimento, pare de ler agora. O estudo aborda uma das obcessões de Adam Smith: o que significa ser feliz. Discute também o que é importante para os investidores, e como podemos melhoros nossos próprios níveis de felicidade. A lista abaixo mostra as 10 melhores sugestões do estudo para aumentar felicidade.

Os passos são:
  1. Não compare felicidade com dinheiro. As pessoas se adaptam a mudança de renda relativamente rápudo, os benefícios de uma maior renda são essencialmente nulos no longo prazo.
  2. Faça exercícios regularmente. Atividades físicas regulares são um tratamento eficaz para ansiedade e depressão level. Também estimula mais energia, e é positivo para a mente e para o corpo.
  3. Faça sexo (preferencialmente com alguém que ame). Sexo é consistentemente relacionado entre os maiores geradores de felicidade.
  4. Dedique tempo e esforço aos relacionamentos próximos. Confidenciar e discutir problemas é bom para a felicidade, então trabalhe nesses relacionamentos.
  5. Para para refletir, medite sobre as boas coisas da vida. Focar nos aspectos positivos da vida ajuda a prevenir complacência.
  6. Procure um trabalho que engage suas habilidades, tente aproveitar o seu trabalho. Ser bem sucedido no trabalho cria felicidade, e o caminho mais fácil para ser bem sucedido no trabalho, é trabalhar em algo que você goste de fazer.
  7. Dê ao seu corpo o sono que precisa. Muitas pessoas tem déficit de sono, resultando em fatiga, oscilações de humor e falta de concentração.
  8. Não persiga a felicidade como um fim, aproveite o momento. As pessoas não entendem o que as faz feliz, de forma que perseguir felicidade pode ser frustrante.
  9. Assuma o controle da sua vida, estabeleça metas factíveis. As pessoas são mais felizes quando atingem suas metas, então estabeleça metas que o desafie, mas que sejam viáveis.
  10. Lembre de seguir essas regras.

Deixe seu cartão de débito/crédito em casa

Liz Pulliam Weston sugere que você deve considerar usar dinheiro em espécie ao invés de cartões de crédito ou de débito. Weston admite que cartões de crédito e débito oferecem diversas vantagens, incluindo:


Eles são convenientes.
Eles são fáceis de monitorar.
Eles oferecem alguma proteção.
Eles podem oferecer recompensas.



Apesar dessas vantagens, ela sugere que talvez seja melhor mudar para um sistema de dinheiro em espécie apenas. É mais fácil passar da conta com um cartão de débito ou de crédito. Ela cita uma família que usa um sistema de envelopes para alocar o dinheiro para as diversas necessidades: a família coloca o dinheiro em envelopes (marcados “comida”, “gasolina”, “entretenimento”, etc.) e usa o dinheiro para cada propósito designado. Isso não apenas previne gastos excessivos, mas também serve como um tipo orçamento. Especialistas aconselham: se for para comer, beber ou usar, pague em dinheiro.

Antes de mudar completamente para um sistema de dinheiro em espécie, Weston alerta para:

  • Espere aluma tentativa e erro - vai levar tempo para aperfeiçoar o sistema.
  • Não carregue grandes quantidades de dinheiro — é muito tentador e você não terá proteção.

Eu ainda não desenvolvi a força de vontade para abandonar completamente os cartões. Já diminuí o número de cartões de crédito que eu carrego e pretendo no futuro próximo concentrar todos os meus gastos no débito. Mas usar o plástico é simplesmente muito conveniente. No entanto, estou planejando viajar de férias no próximo ano com apenas dinheiro em espécie com o objetivo de evitar aquela fatura desagradável do cartão de crédito no retorno das férias.

Duas formas de sair do endividamento

Quase todo consultor financeiro - dos contadores aos corretores da bolsa aos livros - aconselham que o endividamento deve ser liquidado em uma ordem específica: da dívida de juro maior aquela de juro menor. Esse metódo faz todo sentido da perspectiva matemática, mas faz menos sentido do ponto de vista psicológico.

Considere uma mulher típica de cerca de 30 anos que acorda uma manhã e se dá conta que está endividada e decide fazer uma coisa a respeito. Vamos considerar as seguintes possibilidades de endividamento:

  • R$20.000 financiamento do carro com juros de 2%
  • R$8.000 dívida de cartão de crédito com juros de 12%
  • R$2.000 crédito pessoal com juros de 4%
  • R$5.000 cheque especial com juros de 7%

A maioria dos consultores financeiros aconselharia a liquidar esse endividamento na seguinte ordem:

  • R$8.000 dívida de cartão de crédito com juros de 12%
  • R$5.000 cheque especial com juros de 7%
  • R$2.000 crédito pessoal com juros de 4%
  • R$20.000 financiamento do carro com juros de 2%

Esse plano de pagamento funciona, de fato, faz todo o sentido se você tiver a disciplina para seguí-lo. Ao pagar as dívidas com juros mais alto primeiro, vocês está minimizando o total que será pago em juros no final das contas. Infelizmente esse método não funciona para todo mundo.

Normalmente, a dívida com o maior juro é também a mais relacionada às atividades diárias. De forma que é muito dificil liquidá-la primeiro sem muita disciplina, sem rever totalmente seu padrão de consumo. Psicologicamente, nos sentimos derrotados por que ao continuar usando o crédito que tentamos eliminar nos faz sentir que não estamos progredindo.

J.D. Roth do blog Get Rich Slowly sugere uma outra maneira baseada na abordagem "Bola de Neve" de Dave Ramsey. Nesse caso, vc ignora as taxas de juros ao determinar a ordem em que pagará o seu endividamento. Alternativamente, você organiza as dívidas a partir do menor para o maior saldo:

  • R$2.000 crédito pessoal com juros de 4%
  • R$5.000 cheque especial com juros de 7%
  • R$8.000 cartão de crédito com juros de 12%
  • R$20.000 financiamento do carro com juros de 2%

Depos de ter relacionado suas dívidas da menor para a maior, pague o mínimo em todas elas, exceto na menor. Acrescente todo real que você consegue economizar para o pagamento da sua dívida menor até que ela seja eliminada, então direcione esse valor para o pagamento da próxima.

Ramsey prega que esse método é mais eficiente porque tem um reforço psicológico sútil. É a modificação do comportamento se sobrepondo a matemática. A coisa mais importante sobre se livrar do endividamento é pagar as dívidas. A ordem em que isso é feito é, no final das contas, irrelevante.

Claro que muitos vão argumentar que pagar mais juros seguindo a abordagem "Bola de Neve" não faz nenhum sentido. E é verdadeiro que se você usar essa abordagem, pagará mais juros no longo prazo. Mas, de novo, o importante é se livrar das dívidas. Conheça a si mesmo. Escolha o método que faz mais sentido para você e para a sua situação.