Tuesday, June 2, 2009

Habitação: Aluguel versus Compra

Devemos comprar a casa própria ou morar de aluguel? Essa é uma dúvida que todos enfrentamos em algum momento da vida.

Nem sempre a resposta certa é comprar. Dependendo da sua localização, estado civil, nível de renda, quanto tempo você pretende permanecer em determinado lugar, e um conjunto de outras variáveis, alugar pode fazer mais sentido do que comprar uma casa.

Meu caso por exemplo, há cerca de um ano e meio atrás alugávamos um apartamento de 1 dormitório sem garagem há cerca de 200 metros do meu escritório. O apartamento era amplo, tinha um terraço bastante agradável e atendia todas as nossas necessidades. O aluguel representava cerca de 22% da minha renda líquida.

Eu sempre fui do time a favor do aluguel. Mais pela idéia de não estar presa ao compromisso de uma dívida de longo prazo do que por qualquer outro motivo mais sincero. Meu marido, por outro lado, sempre foi a favor de ter a casa própria. Para ele, é um marco importante na vida de uma pessoa e traz tranqüilidade para o espírito.

Em abril de 2008, finalmente finalizamos a compra do nosso atual apartamento. É um apartamento maior que o que morávamos anteriormente, porém fica há 11 quadras do meu escritório o que ainda me permite evitar dirigir todos os dias o que é muito importante para mim. Na aquisição utilizamos o FGTS como entrada o que representou 55% do valor do imóvel adquirido e ficamos com uma prestação de 14% da minha renda líquida por um prazo de 20 anos.

Mas o que é melhor do ponto de vista financeiro estritamente?

Para ilustrar vamos efetuar a seguinte comparação:

Custo da aquisição

Entrada 2.000
FGTS 65.000
Financiamento 172.646
Total 239.646

Valor de Mercado do imóvel (150.000)
Juros pagos 89.646

Aluguel por 20 anos 192.000


O cálculo acima é simplista, desconsidera por exemplo, o reajuste do aluguel pela inflação e a valorização do imóvel ao longo do tempo. Nesse caso claramente a decisão de comprar parece mais acertada. O desembolso inicial foi apenas R$2.000 e viabilizou a utilização do FGTS recurso cujo acesso é restrito. Além disso, a prestação ficou muito próxima ao valor do aluguel e considerando que a renda aumenta consistentemente ao longo do tempo vai perdendo representatividade no orçamento da família e não compromete a capacidade de poupança.

Mas e no caso de você ter todo o recurso e não utilizar o financiamento. Adquirir o imóvel compensa o rendimento da aplicação financeira que deixamos de receber? A resposta seria algo do tipo:

Valor do imóvel 150.000
Rendimento mensal 1.401
Aluguel 800

Nesse caso, claramente deixar o dinheiro investido paga o custo de viver de aluguel e ainda gera um superávit que pode ser utilizado para outros fins.

Outra discussão que temos com freqüência aqui em casa é se devo considerar o valor da prestação do financiamento imobiliário como uma forma de poupança ou como uma despesa fixa.. Claramente estamos contribuindo para a criação de um ativo, no entanto, esse ativo não gera nenhuma renda até o dia em que será vendido de fato.

Qual a sua opinião? De que lado da discussão você está? Alugar ou comprar? No caso da compra, considera a prestação como um investimento?

3 comments:

  1. A minha opinião é que comprar sempre será a melhor opção, talvez por que eu fiquei impressionado com o "E o Vento Levou" ou simplesmente porque eu gosto de manter os pés na terra. E claro, pensando assim a minha opinião é de que o valor pago pelas prestações caracteriza-se como sendo um investimento.

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  3. Na minha opnião, investimento, já que para a aquisição de um bem durável e que ainda se valoriza com o tempo.

    Também concordo com o Henrique, gosto da estabilidade e tranquilidade de ter o imóvel próprio, a parte boa, no nosso caso, é que na oportunidade comprei a vista o imóvel, acho que valeu a pena não só pelos motivos anteriores, mas também como investimento, já que por consultas realizadas o mesmo vale mais que o dobro do que paguei a seis anos.

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